Ela começou a carreira aos 13 anos, tão precoce quanto a sua partida em um acidente trágico, aos 26. Ela é o ícone do feminejo, e cantou alto e forte para empoderar mulheres do Brasil inteiro. Ué, quem é ela? É Marília Mendonça, a rainha da sofrência. Você pode até não gostar de sertanejo, mas mesmo assim vale conhecer a vida desse ícone nacional!

1995 – Rainha da sofrência

  • Como uma boa cantora de sertanejo, Marília nasceu no interior do Goiás, em Cristianópolis, e viveu a vida toda em Goiânia. 
  • A família era super humilde. Ela, a mãe e o irmão chegaram a passar alguns apertos, principalmente depois que o pai e a mãe se separaram. Nem sempre a comida era garantida, mas eles davam um jeito. E já aos 13 anos, Marília começou a sustentar a família por meio da música. 
  • Tudo foi muito precoce. Por volta dos 7 ela cantava na igreja, e aos 10 o avô pagou para que ela fizesse aulas de violão (focado no gospel). Com 12 ela compôs sua primeira música, e aos 13 foi atrás de um empresário.
  • Nessa época, ela passou a receber por suas composições, que eram vendidas para os artistas do escritório (a pirralha escreveu várias músicas famosas de duplas sertanejas!). Mas o seu vozeirão mesmo, ela só foi soltar mais tarde, no barzinho que a mãe dela montou, do lado de casa.
  • Lá ela cantava de tudo, pop, rock e sertanejo, e o povo gostava, mas a mãe só deixava ela cantar até às 22h! Já pelos 15 ela começou a cantar na noite goianiense, e com 19 ela finalmente se lançou oficialmente como cantora. 
  • O estouro já veio no primeiro álbum lançado, em 2016. Com qual música? Ela mesma, iê iê iê, Infiel (você pode até não conhecer nem gostar de sertanejo, mas essa daqui, ó, é um hino do feminejo!)

Pioneira do feminejo

  • Marília Mendonça, junto com outras cantoras como Maiara e Maraisa, Simone e Simaria e Naiara Azevedo, foi responsável por um giro fundamental no sertanejo: romper as barreiras de gênero nesse universo tão masculino.
  • O feminejo chegou não apenas com intérpretes mulheres (já havia algumas antes delas), mas agora também com um novo padrão de letras para as músicas. Se antes o sertanejo era só sobre os homens e suas amadas – objetos de seu amor – agora as mulheres estão sendo retratadas em toda sua complexidade: elas amam, traem, são traídas, bebem, sofrem (e muito! Êta lasqueira), comemoram e não dependem de homem nenhum. 
  • O feminejo é um movimento de empoderamento feminino que se reflete nas artistas e nas suas obras, mostrando mulheres reais com problemas reais. Além de ser super divertido, é um serviço público super importante para a mulherada desse país afora perceber o poder que tem, hein? Que essa semente plantada por Marília Mendonça ainda renda muitos frutos!

 2017 – 2020 – Da vida na estrada para as lives de dentro de casa

  • Foi assim, cantando o que já estava na boca das mulheres desse Brasil que Marília conquistou seu público. Eclética, ela popularizou ainda mais o sertanejo fazendo parcerias com artistas de diversos gêneros (MPB, rap, pagode). 
  • E foi um sucesso atrás do outro, a ponto de em 2017 ela ser a artista brasileira mais reproduzida no YouTube e a 13ª no ranking GLO-BAL. Mas Marília amava o contato com o público, e queria agradecer o carinho dos fãs. 
  • Então em 2019 ela desenvolveu a turnê “Todos os Cantos”, com shows gratuitos em todas as 27 capitais brasileiras! O esquema era surpresa, ela chegava na cidade sem avisar, e o show acontecia à noite. O maior deles chegou a ter 100 mil pessoas! Com o DVD da turnê, ela ganhou o Grammy Latino. 
  • Depois desse tempo todo na estrada, começou um tempo de calmaria na vida de Marília. Em dezembro de 2019 nasceu seu filho Léo, e logo após ela voltar aos shows após o período de licença, surgiu a pandemia, e ela ficou em casa.
  • E mesmo em casa, a mulher fez história. Marília foi uma das primeiras a entrar na onda das “lives”, para incentivar o pessoal a ficar em casa e angariar fundos para auxiliar os mais impactados com a pandemia. 
  • A dela bateu recordes insanos. Na hora, foram 3,3 milhões de pessoas assistindo, simplesmente a live mais assistida de 2020. No fim, foi a artista mais ouvida em 2020 em todas as plataformas digitais.
  • O evento foi realizado na casa da compositora e incentivava doações para o programa Mesa Brasil, do Sesc, e divulgava da plataforma CompreLocal, com o intuito de auxiliar os pequenos comerciantes. 

2021 – Legado de uma vida tão curta

  • No dia 5 de novembro de 2021 o Brasil ficou em choque com a notícia. Marília Mendonça havia falecido, aos 26 anos, num acidente de avião em Minas Gerais. A aeronave, que decolou de Goiânia para a Caratinga, caiu em uma cachoeira já próxima ao local de pouso. Ela estava a caminho de um show para 8 mil pessoas. Junto com ela, morreram mais 4 pessoas que estavam no voo.
  • Mesmo tão jovem, Marília deixou, de acordo com o Escritório Central de Arrecadação e Distribuição (Ecad),  324 músicas cadastradas e 391 gravações solo e com parceiros. 
  • A partida precoce do maior ícone do sertanejo foi uma tragédia nacional. Mas Marília deixa um legado, não apenas para quem gosta do gênero musical, mas para muitas mulheres desse Brasilzão, que se escutaram e se perceberam poderosas.

Esse texto é  da Pitaya, a primeira assinatura de calcinhas e sutiãs do Brasil.

Mais do que uma assinatura, uma comunidade de mulheres empoderadas.

Afinal mulheres modernas merecem ser cuidadas, e bem estar começa na intimidade.

Ficou curiosa? Confere como funciona aqui e se tiver qualquer dúvida fale com a gente por aqui

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