Antes de mais nada, ela é carismática, mas ela também é uma jornalistona super competente e ferrenha defensora da sua negritude e de seus cabelos cacheados (lindos demais, por sinal)! Ué, quem é ela? É Maria Júlia Coutinho, Maju para os íntimos, a moça do tempo, que hoje faz história apresentando o Fantástico na primeira bancada exclusivamente feminina do programa.

“Nunca me senti tão essencial e tão necessária como jornalista quanto agora”

Ano 1980 – Infância e vocação

  • Maju nasceu na capital paulista, e foi criada na Zona Leste por pais professores, ligados ao movimento negro. E ela foi preparada para seguir os passos deles, tanto na profissão como na luta antirracista. 
  • No ensino médio, Maju fez o magistério, que a habilitou a dar aula em anos iniciais do colégio. Ela chegou a lecionar em uma escola pública em São Bernardo do Campo, e até cursou um ano de pedagogia na USP. No final das contas, contudo, a vocação falou mais alto!
  • Desde pequena, Maju sonhava em ser apresentadora de TV. Nas brincadeiras da infância, o pilão de caipirinha dos pais virava um microfone para ela produzir reportagens mirabolantes. E quando não era repórter, montava uma programação culinária para passar receitas para os “telespectadores”, tipo a Ana Maria Braga!
  • Depois da incursão pela pedagogia, ela se entregou de vez ao encantamento que vinha desde a época de menina, e buscou a profissão de comunicadora. Em 2002, Maju Coutinho se formou em jornalismo na Cásper Líbero, em São Paulo.

Anos 2000 – Carreira nas nuvens

  • A jornalista iniciou a carreira como estagiária da TV Cultura, onde ficou por 3 anos. Na emissora, ela passou por vários cargos até começar a trabalhar como repórter. 
  • Em 2005, a competência somada ao seu sorriso cativante a levaram a assumir como uma das âncoras do “Jornal da Cultura”, e, depois, do “Cultura Meio-Dia”. A vocação para a TV não passou despercebida: dois anos depois, em 2007, ela chegou à rede Globo.
  • Na esfera global, ela voltou a fazer reportagens, e, em 2013, chegou ao posto de apresentadora oficial da meteorologia. Foi aí que o tempo se abriu para Maju (tu-ru-dum-tsh)!
  • Chico Pinheiro, apresentador do “Bom Dia, Brasil”, foi quem primeiro usou o apelido “Maju” no ar. Se Francisco é Chico, Maria Júlia tinha que ser Maju, né?
  • Na voz de William Bonner, então, o apelido pegou! Quando a jornalista passou para a previsão do tempo do Jornal Nacional, milhões de telespectadores só queriam saber da simpática da Maju.

2015 – Ataques racistas

  • O sucesso de Maju infelizmente veio acompanhado de ofensas racistas. Em 2015, quando a página do Jornal Nacional do Facebook postou uma foto da apresentadora do tempo mais simpática da programação, surgiram diversos comentários de ódio.
  • O Ministério Público investigou os responsáveis pelos comentários criminosos, e a equipe do “JN” divulgou um vídeo, em que Bonner e Renata Vasconcellos davam o recado: “Somos todos Maju'”. No Twitter, a hashtag  SomosTodosMajuCoutinho chegou aos tópicos mais comentados. 
  • Para Maju, o preconceito não era novidade. Ela conta que desde criança enfrentou situações de racismo: “Quando se é negra como eu, com a pele mais escura, se é mais animalizada: macaco, essas coisas, é muito comum ouvir.”
  • Pois Maju não baixou a cabeça. Seguiu realizando seu trabalho com o mesmo carisma, exibindo seu lindo cabelo natural, cheia de orgulho da sua cor. 
  • Graças à Maju, meninas negras cada vez mais se veem na televisão. Veem seus cabelos, sua pele e seu possível futuro! No instagram da Maju ela reposta fotos de guriazinhas imitando a pose dela na TV, é uma gracinha <3

2021 – Mulher Fantástica

  • É com essa postura, de quem não se micha diante da pequenez do preconceito, que Maju Coutinho tornou-se referência no que faz. Da apresentação do tempo ela passou para a bancada ocasional do Jornal Nacional. 
  • Depois, em 2019, assumiu como âncora no Jornal Hoje, onde apresentou matérias e dados sobre a pandemia e sobre o (des)governo sem meias palavras. E foi assim que ela foi eleita a melhor âncora do ano!
  • Maju deslanchou, e entrou para a apresentação de vários programas da Globo, desde a rádio da emissora até o Saia Justa, no GNT, e o Papo de Política, podcast só com mulheres.
  • Em 2021, foi alçada ainda mais longe: ela foi chamada para o Fantástico, que é certamente um dos trabalhos dos sonhos na carreira de um apresentador da Globo. E Maju já chega fazendo história, ela, junto com Poliana Britto, integra a primeira bancada do programa composta apenas por mulheres!

Esse texto é  da Pitaya, a primeira assinatura de calcinhas e sutiãs do Brasil.

Mais do que uma assinatura, uma comunidade de mulheres empoderadas.

Afinal mulheres modernas merecem ser cuidadas, e bem estar começa na intimidade.

Ficou curiosa? Confere como funciona aqui e se tiver qualquer dúvida fale com a gente por aqui

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